Busan Opera House

A Opera de Busan ergue-se como um protetor da baía. Com suas formas imponentes e suaves, aos pés da bela cadeia de montanhas,  recebe seus visitantes.

Surge assim um complexo único, despertador do imaginário, um marco como uma janela para o mundo. Ícones da cultura sul coreana, os Dragões são benevolentes e intimamente ligados ao mar. <P>A B.O.H., inspirada por esse ideal, se abre como um conversor de massa ao Centro da Cultura Marítima.

Cravada na península cercada por um arborizado parque, a B.O.H. se transforma no coração da cidade; pulsante com a diversidade de pessoas que a habitam em suas infinitas e diferentes perspectivas, transbordando cultura e entretenimento.

A B.O.H. existe como uma grande praça aberta rodeada de vistas estonteantes entrelaçando mar, cidade e montanhas. Seu fluxo é marcado por níveis simplificados e circulações bem definidas.  Os acessos pelas 2 pontes que conectam o Parque a Ilha do Marine Culture levam diretamente ao ponto escolhido, ou simplesmente, servem como passagem “obrigatória” aos visitantes do parque.

Estruturas metálicas geodésicas ancoradas a grandes maciços de concreto permitem os generosos balanços das duas estruturas. No corpo principal está a grande Ópera com grandes volumes e vazios, tornando convidativa a entrada. Com capacidade para 1.940 pessoas, é equipada com tecnologia e sistemas de ponta para ser referencia e capaz de abrigar os mais diversos espetáculos de níveis Internacionais.

A segunda estrutura arqueada, que se mistura a terra, abriga o Teatro Multifuncional. Assim, como premissa de projeto, este teatro que funciona como uma grande “caixa preta”, terá uma ampla gama de usos possíveis; de pequenas encenações até óperas que não demandem grandes cenários. Neste corpo localizam-se também salas de exposições com amplos espaços de vistas panorâmicas que podem também abrigar outros tipos de atividades, desde eventos a confraternizações.

A questão gastronômica também é um grande diferencial e um atrativo do projeto. Um restaurante Internacional não poderia estar localizado senão sobre o mar. Envolto em vidros, é presenteado pelas espetaculares perspectivas geradas da cidade, suas montanhas e baía. E localizado a entrada, ao pé da passarela de pedestres, esta o lounge bar, com um clima mais descontraído, também desperta um interessante e “obrigatório” ponto de encontro.

Como uma grande cauda que acolhe suas crias, a cobertura com estruturas de madeira laminada contraventadas com aço, recepciona aos que chegam no complexo. Como parte da cultura e história, suas peças de madeira trabalhadas remetem aos seus antepassados e sábios templos Sul Koreanos, como as Dancheong de Gyeongkgung Palace.

Além de iluminação e ventilação naturais e reaproveitamento de águas, a face sul funciona como um leque envidraçado cravejado por células fotovoltaicas que serão capazes de gerar energia suficiente para boa parte do complexo. Estas são dispostas de forma a funcionarem como brises para o interior, controlando assim a insolação excessiva.

Na era da sustentabilidade, B.O.H. sem dúvida será referência.